Em todo o mundo, milhões de pessoas estão saindo as ruas para reivindicar seu direito básico à liberdade. A natureza humana, de empreender atividades que tragam o melhor para si e para as pessoas queridas que as cercam, está ansiosa por se libertar de amarras tanto do governo quanto de grupos privilegiados pelo poder. Cada protesto tem sua razão de estopim, mas a maioria tem duas coisas em comum: são organizados e fomentados pelo intenso fluxo das redes sociais e utilizam como símbolo de paz, e como protesto contra a repressão policial e estatal: flores.

Tanto em São Paulo como na Turquia, as flores vem sendo consistentemente utilizadas pelos manifestantes – especialmente em frente à policiais, em forma de provocação e de indicação pacífica às passeatas. Muito além de sua beleza, a simbologia por trás das flores vem sendo fonte de inspiração para diversas manifestações e levantes ao longo da história, sendo basicamente um símbolo comum. Ao fim da Idade Média, os emergentes burgueses comerciantes da Liga Hanseática, que na Europa semeavam o direito às trocas livres entre indivíduos e empreendimento individual, utilizaram flores não para protestar ou manifestar, mas para subornar devotos da organização nobre da época para se rebelarem contra a pressão exercida por meio de taxas e atos contra a livre troca de bens que a nobreza da época adotava.

No século XX, as flores ressugiram ao posto de símbolo máximo da revolta, especialmente no pós-Guerra, sendo de especial simbologia nos países comunistas da época. A Primavera de Praga, em 1968 – protesto que ocorreu conta o governo socialista opressor alinhado com a União Soviética – viu seus manifestantes portarem diversas flores na mão, como símbolo contra a repressão, a falta de liberdade de expressão e de ir e vir e também a fome generalizada que o país adentrava, em tempos negros de extrema planificação. Na Rússia e na China de Mao Tse-tung, protestos similares e com ainda mais participantes também aderiam ao uso de flores com indicação da predileção pelo pacifismo e liberdade.

Os hippies norte-americanos, inspirados pelos movimentos populares anti-comunismo da Europa oriental e Ásia, também adotaram as flores em seus protestos contra a Guerra do Vietnã, em intensidade ainda maior. O clímax do uso de flores em protestos aconteceu, talvez, na emergência da queda da cortina de ferro e da URSS no fim dos anos 80, com as comemorações pró-democracia, e também em um trágico evento: no Massacre da Praça Celestial (Tiananmen), em 1989, onde manifestantes portavam flores em seus punhos e foram mortos pelo governo central chinês, na capital, Pequim. Os protestos, liderados por estudantes chineses, duraram mais de 1 mês e 2 semanas, e tinham uso intensivo de flores para indicar suas ideias em relação ao governo opressor do PCC. As mortes são estimadas entre 800 e 6 mil pessoas.

Utilizadas como forma de simbolizar os sentimentos mais nobres, faz sentido que flores sejam também utilizadas para reivindicar pelos mais básicos e essenciais direitos individuais do cidadão, em diferentes ocasiões e contra diferentes abusos e formas de autoritarismo exacerbado. Sua beleza e pureza simboliza também a natureza mais irreparável do humano, sua vontade, sua ânsia de se desenvolver livremente e utilizar sua voz para adequar o mundo a um lugar melhor e mais próspero. Assim esperamos!

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