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“Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa”. Foi com estas palavras de Celeste Caeiro que a 25 de Abril de 1974, o cravo se tornou a flor da revolução. Depois de receber um cravo, o soldado colocou-o no cano da espingarda e o resto, é História – com a Revolução dos Cravos, Portugal interrompia uma ditadura autoritária do Estado Novo de Salazar que havia colocado o país num atraso institucional que já durava quase 50 anos.  Confira abaixo detalhes sobre o plantio de cravos, uma linda espécie floral que se tornou o símbolo da mudança democrática em Portugal.

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Os cravos estão dentro da categoria das flores de corte e a sua produção costuma ser realizada em estufa, como se pode ver nesta imagem da empresa Sílvio Gonçalves em Alcochete, onde se vê a preparação do espaço antes de plantar as sementes do cravo. Depois, a estufa fica repleta de cravos. Em 2012, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, 564 hectares de explorações florícolas em Portugal produziam flores de corte.

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Destes hectares, o cravo ou a cravina (uma pequena planta semelhante ao cravo) ocupavam 11% da superfície. É a terceira flor de corte mais produzida em Portugal, ocupando cerca de 67 hectares (ou seja, 67 mil metros quadrados). É nos municípios de Odemira (Alentejo), Montijo e Alcochete (no distrito de Setúbal) que mais se produzem flores de corte, respectivamente 23%, 11% e outros 11% do total. Esta imagem é da empresa Florineve, que faz parte das produtoras que compõem a marca Flores do Montijo. Quase um quarto da produção nacional de flores de corte (23%) é exportada. E hoje? Já comprou ou já deu um cravo a alguém?

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Fonte: Sabado.pt